Além de sua carreira musical, Billy Saga realiza paralelamente, alguns outros projetos artísticos e sociais. Conheça-os:
Sem rampa, calçada é muro
https://www.instagram.com/calcadaemuro/
Para um cadeirante, uma calçada sem rampa é um muro. E apenas 9% das calçadas de São Paulo têm rampa de acesso, segundo o último Censo. Por isso, chamamos a atenção para a falta de acessibilidade convidando artistas a levarem o que há de mais bonito nas paredes da cidade para esses muros que antes só os cadeirantes conheciam.
Assim surgiu o CALÇADA É MURO, um projeto da ONG Movimento SuperAção que toma para si a responsabilidade de alertar a sociedade sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência. Não apenas pelo princípio básico de direitos humanos, mas também pelas vantagens óbvias e inerentes à convivência entre as diferenças.
Ong Movimento SuperAção
Billy Saga é o Presidente idealizador desta ONG, criada em 2003 por jovens com e sem deficiência, preocupados com uma sociedade que ainda não reconhece a cidadania das pessoas com deficiência. Este movimento desenvolveu uma estratégia de ação e mobilização social baseada na militância, estimulando o trabalho em rede com organizações ligadas à defesa das pessoas com deficiência.
BR2UK
BR2UK é um projeto cultural entre Brasil e Inglaterra, criado em novembro de 2013. Idealizado por Billy Saga e Mudfoot Blaps (Dj e grafiteiro inglês), o Projeto articula MCs brasileiros que gravam com DJs britânicos e MCs britânicos que gravam com DJs brasileiros. Já no 3o EP, o Projeto busca lançar em breve, um disco cheio com todas as músicas do projeto. Sempre conta com um artista de renome em suas artes de capa.
O 1o EP teve a arte ilustrada por Paul Windle, ilustrador da Walt Disney Company e Warner Bros, com Saga na capa. Já o segundo EP teve sua capa ilustrada pelo renomado grafiteiro brasileiro, Titi Freak e a terceira EP contou com a ilustração do artista inglês Vigo.
Kid Campbell
Em sua primeira turnê pela Inglaterra, em setembro de 2016, Billy Saga atuou com os 2 DJs: Ben Glass e Sam Fergusson, formando o projeto Kid Campbell.
Kid Campbell, inspirada no nomedo Dj Clive Campbell, também conhecido como DJ Kool Herc que é considerado um dos fundadores da cultura Hip Hop, faz uma alusão à ˜Filhos de Campbell”.
Kid Campbell foi formada quando DJ Frenic (também conhecido como Sam Fergusson) e Digistep (aka Ben Glass) começaram a colaborar musicalmente. Frenic, do mundo do hip-hop e Digistep, do Dubkasm, juntaram forças e começaram a produzir um som híbrido aproveitando a essência crua dos dois gêneros. Desenterrando gravações de cassetes musicais criadas na adolescência, Ben passou suas fitas para Frenic, que começou a reinventar versões, remixando-as. “Comecei a experimentar a música, trazendo os sons granulados de volta à vida depois de vinte anos de hibernação empoeirada” – afirma Ben Glass.
O elemento que faltava para dar voz ao projeto se concretizou com o convite de Ben à Billy Saga. O fruto dessa junção foi celebrado na turnê de Billy com shows no Millennium Park como parte das Paraolimpíadas e no Royal Festival Hall, e posteriormente, em Bristol e Newcastle concluindo a turnê.
Frenic é DJ de scratch profissional há 16 anos, apoiando nomes conhecidos como Jurassic 5, DJ Jazzy Jeff, Afrika Bambaataa, Beatnuts e Pharcyde. Sua produção musical, influenciada pelos gostos do DJ Shadow, trouxe sucesso internacional, principalmente na Grécia, onde vem liderando a cena. Produzindo faixas para locais e lendas; projetos recentes incluíram batidas para ASM e Marc7 de Jurassic 5.
O projeto de longo prazo de Digistep, Dubkasm é um dos melhores dub outfits no cenário internacional de reggae roots, trabalhando como um duo com o também DJ de Bristol, Stryda. Desde sua formação em 1994, eles estabeleceram sua própria gravadora em 2003 e lançaram 28 discos de vinil. O show ao vivo do Dub incorpora o saxofone ao vivo de Ben e os elementos da cultura do sistema de som como um conjunto de vinil e dubplate. Tendo se apresentado em mais de 20 países, bem como em Nova York, Brasil, Rússia e até a Sibéria. Seu hit Victory se tornou o mais vendido da década, mais tarde remixado pela lenda britânica Mala.
Para Billy Saga, é uma honra ser a força no microfone na linha de frente, que completa a tríade da formação de Kid Campbell.
Caos on Canvas
Billy Saga foi um dos artistas convidados para agregar a exposição de fotografias CAOS ON CANVAS. A mostra teve como temática o universo do surf, com uma seleção de imagens de Ricardo Borghi e curadoria de Didu Losso. Uma turma de artistas de diferentes áreas de atuação (design, artes plásticas, música, moda, cinema, tatuagem e mais) fizeram intervenções sobre as fotos, incluindo pintura tradicional japonesa até a arte contemporânea.
O resultado: 33 obras inusitadas, com assinatura de nomes como Tim Armstrong (americano líder da banda de punk rock “Rancid”), Tul Jutargate (conhecido por seus bordados exclusivos para celebridades da música como Pharrell Williams, Kate Perry, Social Distortion), Alê Jordão (conhecido por seu trabalho com neon), Revolue (artista em ascensão que usa acrílico, nanquim, spray e massa dourada na foto do surfista Ricardinho) e Sarah Chofakian (designer de sapatos que usa cristais para fazer brilhar a natureza, sua principal fonte de inspiração).
A obra de Billy Saga foi uma homenagem à Orixá Iemanjá, intitulada Odoyá.
Todas as obras foram eternizadas em um livro com o mesmo nome. A exposição das obras ocorreu no Hotel Unique em São Paulo e no Consulado Brasileiro em Los Angeles.
Acessibility Mat
Billy Saga participou da concepção de um projeto chamado Accessibility Mat – Tapete de Acessibilidade, desenvolvido em parceria com a GTB Brasil e o estúdio Code, do designer Rodrigo Lima, criador do projeto, dando dicas de usabilidade, testando a ergonomia e os materiais, assim como dando insights para o conceito por trás do projeto. Em fase de protótipo, o acessório transforma o tapete do porta-malas do modelo EcoSport em uma ferramenta que pode ser dobrada e encaixada atrás de uma cadeira de rodas, para ser usada para a transposição desníveis pelo caminho.
Produzido com materiais como alumínio aeronáutico e revestimento de EVA, o tapete, quando aberto, torna-se rígido e inflexível, permitindo que a cadeira suba o degrau. De acordo com a agência, o acessório é leve e tem capacidade de suportar até 250 kg. O tapete, que conta com sensores e um microprocessador, envia sinais via Bluetooth para um aplicativo no smartphone da pessoa cadeirante toda vez que é usado, mapeando a acessibilidade das ruas da cidade.
Arte Surda
O termo Arte Surda transita entre artistas, acadêmicos, militantes, surdos e ouvintes, com diferentes significações, sendo ainda bastante impreciso.
Entre esses diversos olhares e perspectivas, as reflexões sobre o tema podem contribuir para fomentar, consolidar e divulgar esse “novo” campo de experimentações estéticas.
Contribuindo para dar visibilidade e empoderar as comunidades surdas brasileiras, uma vez que a “cultura surda” é um dos principais esteios das lutas por direitos desses grupos minoritários – e a arte surda, em toda a sua potência transformadora, um importante vetor nesse processo histórico, Billy Saga apresenta suas experiências artísticas nessa área.